Império do Brasil

2016, Francisco Aloisio

Coroa imperial. É talvez a peça mais rara e valiosa das coleções nacionais. Esplêndida obra de ourivesaria brasileira, fabricada por Carlos Marin, especialmente para a sagração e coroação do jovem imperador, D. Pedro II, que contava então 15 anos de idade. Para a confecção das insígnias do imperador foram desmanchadas várias joias de família, conforme consta dos inventários do Arquivo da Mordomia da Casa Imperial, recolhido ao Arquivo Nacional. Para a confecção da coroa foram aproveitados os brilhantes da coroa (no detalhe) de seu pai D. Pedro I, e um fio de pérolas, também herança paterna de D. Pedro II. Depois da implantação da República, foi a coroa imperial guardada no Tesouro Nacional, lá permanecendo até 1943, quando foi transferida ao recém-criado Museu Imperial de onde, desde então, nunca saiu.

Dom Luiz de Orleans e Bragança (1938), Príncipe de Orleans e Bragança, é o chefe da Casa Imperial do Brasil (Pró Monarquia) e, portanto, de jure, o Imperador do Brasil, de 1981 até hoje, por 38 anos.

Nasceu em 6 de junho de 1938, no exílio, em Mandelieu (França), foi batizado na Capela de Mas-Saint-Louis, vila de sua Avó a Princesa D. Maria Pia de Bourbon-Sicílias de Orleans e Bragança, e registrado no Consulado Geral do Brasil em Paris.

A queda da Cláusula Pétrea, da República do Brasil, na Assembleia Constituinte de 1987-1988, projetaram Dom Luiz para uma situação de destaque que fora negada a seu Pai.

Falando fluentemente três idiomas - português, francês e alemão - e entendendo ainda castelhano, inglês e italiano, Dom Luiz é senhor de sólida cultura, alicerçada em leituras sérias e prolongadas, especialmente de assuntos históricos e sociológicos, assim como no contato com a realidade viva da nação.

Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança (1909-1981), de jure, o Imperador do Brasil, de 1921 a 1981, por 60 anos.

Nasceu em 13 de setembro de 1909, no exílio, e foi batizado com água levada do Chafariz do Largo da Carioca.

Herdou diretamente de sua avó, a Princesa Isabel, a Chefia da Casa Imperial do Brasil, uma vez que seu pai já era falecido quando a Redentora encerrou seus dias.

Faleceu em 5 de julho de 1981, em Vassouras, RJ.

Dona Isabel (1846-1921), de jure, a Imperatriz do Brasil, de 1891 a 1921, por 30 anos.

Nasceu em 29 de julho de 1846, no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.

Serviu três vezes como Regente do Império e promoveu a abolição da escravidão durante sua terceira regência, assinando a Lei Áurea em 1888.

Faleceu em 14 de novembro de 1921, na França.

Dom Pedro II (1825-1891), o Imperador do Brasil, de 1840 a 1889, por 49 anos. O Imperador do Brasil, de jure, de 1889 a 1891, por 2 anos. No total, por 51 anos

Nasceu em 2 de dezembro de 1825, no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.

Tinha 5 anos quando seu pai, Dom Pedro I, abdicou (07/04/1831). Ficou no Brasil sob a tutela de José Bonifácio de Andrade e Silva (1831-1833) e, depois sob a tutela de Manuel Inácio de Andrade Souto Maior, Marquês de Itanhaém (1833-1840).

Foi aclamado Imperador do Brasil, aos seis anos de idade (1830) e assumiu o trono aos 15 anos (18/06/1841), um ano depois de ser declarado maior.

Com o golpe de 15 de novembro de 1889, Dom Pedro II foi feito prisioneiro no Paço da Cidade, para onde viera, descendo de Petrópolis.

O governo republicano, provisório, deu-lhe 24 horas para deixar o país, e assim, partiu com a família para Portugal em 17 de novembro, chegando a Lisboa em 7 de dezembro de 1889.

Faleceu de pneumonia, no modesto Hotel Bedford, em Paris, no dia 5 de dezembro do ano de 1891.

Dom Pedro I (1798-1834), o Imperador do Brasil, de 1822 a 1831, por 9 anos. Dom Pedro IV, o Rei de Portugal, 1826.

Nasceu em de 12 de outubro de 1798 no Palácio Real de Queluz, Portugal.

No dia 29 de novembro de 1807, com a iminência da invasão de Lisboa pelas tropas de Napoleão, a família real portuguesa embarca para o Brasil, chegando à Bahia em janeiro de 1808. Em março, instala-se no Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista. Dom Pedro tinha 10 anos.

Dom João VI retorna a Portugal em 26 de abril de 1821, ficando Dom Pedro como Príncipe Regente do Brasil.

Em 7 de setembro de 1822, junto ao riacho do Ipiranga, Dom Pedro faz o histórico brado de "Independência ou morte!".

De volta ao Rio de Janeiro, Dom Pedro foi proclamado Imperador Constitucional do Brasil. A cerimônia teve lugar no Campo de Santana. No dia 1º de dezembro, recebeu a Coroa Imperial.

Em 1823, a Assembleia Constituinte iniciou suas atividades. Dos noventa deputados, muitos não compareciam. A redação da Carta Magna era lenta. Insatisfeito, Dom Pedro dissolve a Constituinte e cria um Conselho de Estado para redigir a Constituição, que foi promulgada no dia 25 de março de 1824.

Abdicou do trono, em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho Pedro, então com cinco anos de idade.

Voltando a Portugal, com o título de Duque de Bragança, assumiu a liderança da luta para restituir à filha Maria da Glória o trono português, que havia sido usurpado pelo seu irmão, Dom Miguel, travando uma guerra civil que durou mais de dois anos. Inicialmente criou uma força expedicionária nos Açores (1832), invadiu Portugal, derrotou o irmão, restaurando o trono de sua filha.

Dom Pedro I morreu de tuberculose, no palácio de Queluz, no dia 27 de setembro de 1834. Foi sepultado no Panteão de São Vicente de Fora, como simples general e não como rei, como determinava seu testamento.

Dom João VI (1767-1826), o Rei de Portugal, Brasil e Algarves, de 1816 a 1822, por 6 anos; incluindo a Regência, por 30 anos. O Rei de Portugal e Algarves, de 1822 a 1826, por 4 anos.

Nasceu em 13 de maio de 1767, em Lisboa, Portugal.

Assumiu a regência do reino em 1º de fevereiro de 1792, em decorrência do problema de saúde de sua mãe. Porém só se tornou Príncipe Regente a partir de 15 de julho de 1799. Dom João só veio a ser coroado em 6 de fevereiro de 1818, dois anos após o falecimento de sua mãe.

Em 4 de novembro de 1807 o exército francês comandado pelo então General Junot penetra em território português. Na madrugada do dia 27 de novembro de 1807 os membros da Família Real saíram de Lisboa, com destino ao Rio de Janeiro.

Dom João VI partiu de Portugal com 12.000 pessoas numa esquadra, composta de 8 naus, 3 fragatas, 2 briques, uma escuna e uma charrua de mantimentos, além de 21 navios comerciais, trazendo consigo uma gigantesca biblioteca, que hoje constitui a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Em 7 de março de 1808 chegam ao Rio de Janeiro.

Em 16 de dezembro de 1815, Dom João cria o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Em 20 de março de 1816, falece sua mãe Dona Maria I.
Em 6 de fevereiro de 1818, dois anos após o falecimento de sua mãe, Dom João é coroado, com o título de Dom João VI, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, tendo a cerimônia de aclamação ocorrido no Rio de Janeiro.

Em 24 de abril de 1821, Dom João VI chama seu filho Dom Pedro ao seu quarto no Paço de São Cristóvão e o aconselha: "Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros".

Em 26 de abril de 1821, após 13 anos morando no Rio de Janeiro, Dom João VI partiu, de volta para Portugal, levando sua esposa, Carlota Joaquina, e sete dos oito filhos vivos. Só Dom Pedro, o mais velho, ficou no Brasil como Príncipe Regente.

Em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I proclama a Independência do Brasil. Em 1º de dezembro de 1822, Dom Pedro I é coroado Imperador do Brasil.

Dom João VI só reconhece a independência do Brasil em 1825, depois de muitas concessões feitas por Dom Pedro I, já como Imperador do Brasil.

Dom João VI faleceu em 10 de março 1826, em Lisboa, Portugal.

Dona Maria I (1734-1816), a Rainha de Portugal e Algarves, de 1777 a 1815. A Rainha de Portugal, Brasil e Algarves, de 1815 a 1816. Rainha por 39 anos.

Nasceu em 17 de dezembro de 1734, em Lisboa, Portugal.

Seu filho, Dom João, assumiu a regência do reino em 1º de fevereiro de 1792, em decorrência do seu problema de saúde.

Em 20 de março de 1816, falece aos 81 anos, no Convento das Carmelitas do Rio de Janeiro, onde foi enterrada. Os funerais, no Paço Real, duraram três dias e foram soleníssimos. Com o retorno da Família Real para Portugal, seus restos mortais foram transladados, pela fragata Princesa Real, para a Basílica do Coração de Jesus, na Estrela, em Lisboa.

Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1816/1822). Anteriores a Dom Pedro I do Brasil, passando por Dom João VI e Dona Maria I, os Monarcas do Brasil são os Monarcas de Portugal, até 1500, quando o Brasil foi descoberto para a Europa, e incorporado a Portugal. De 1500 a 1889, 389 anos de monarquia.

O que você deve saber sobre a Monarquia

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