Maioria qualificada impositiva
Resultado com maioria qualificada impositiva
2016, Francisco Aloisio
O voto é uma forma de tomar decisão. A maioria simples produz uma falsa maioria. A maioria qualificada comum pode dar a vitória ao perdedor. Defendo a maioria qualificada impositiva.
Maioria simples se refere à situação onde uma opção recebe mais de 50% dos votos.
Exemplos: 2 em 2, 2 em 3, 3 em 4, 3 em 5, 4 em 6, ... 6 em 10, ... 25.001 em 50.000, ... 25.000.001 em 50.000.000.
Maioria qualificada se refere à situação onde uma opção recebe percentual qualificado, bem maior de 50% dos votos: 3/5 ou 60%, 2/3 ou 66%, 3/4 ou 75%.
Exemplos de 66%: 2 em 2, 2 em 3, 3 em 4, 4 em 5, 4 em 6, ... 7 em 10, ... 33.334 em 50.000, ... 33.333.334 em 50.000.000.
Por quê impositiva?
Uma vez iniciada a votação, não para até atingir.
Menos do percentual qualificado, NÃO decide.
Volta-se à negociação, durante um prazo, e faz-se nova votação.
Repete-se até a votação atingir o percentual qualificado impositivo.
Para um lado, ou para o outro.
SOBRE AS MAIORIAS
Maioria simples. Destrói o grupo. Produz uma falsa vitória. É promotora de divisão.
Exemplo: Últimas eleições presidenciais no Brasil. Plebiscito na Inglaterra sobre permanecer na União Europeia.
Maioria qualificada comum (não impositiva). Facilmente beneficia o perdedor, que pode vencer com minoria dos votos. Exemplo: vence com 35% no processo de impedimento de Presidente da República no Brasil.
Maioria qualificada impositiva. É o resultado de uma indiscutível maioria. Exemplo: o conclave, a assembleia dos cardeais eleitores, que elegeram o Papa Francisco, com o voto secreto para o povo, com um mínimo de 2/3 (66%) dos votos, obtidos em sucessivas votações, intercaladas por orações, negociações, e cuidados pessoais.
Comparativo visual
Uma votação precisa convencer as duas partes, nos sentimentos.
Os números convencem no racional, mas não convencem nos sentimentos.
52% é uma maioria irrelevante, pois 52% das pessoas é, visualmente, um grupo tão grande quanto 48%. As pessoas não sentem a diferença.
Bolas verdes e bolas azuis. Não pode contar. Qual das bolas tem a maioria?
CASOS NOTÁVEIS
13/03/2013 Maioria qualitativa impositiva: 100 x 0. Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é o novo Papa, Francisco. O conclave elegeu nesta quarta-feira (13) o cardeal Jorge Mario Bergoglio, argentino, como novo Papa, sucessor de Bento XVI à frente da Igreja Católica Apostólica Romana. Sem perdedores, todos os católicos estão vitoriosos e unidos.
29/10/2014 Maioria simples: 52 x 48. Brasil. A eleição presidencial em números. Brasileiros divididos entre Dilma (51,64%) e Aécio (48,36%). Não existe vitória num país desunido.
24/06/2016 Maioria simples: 52 x 48.
Plebiscito revela 'Reino Desunido' e fosso entre gerações.
51,9% dos britânicos votaram pela saída contra 48,1%. O resultado do
plebiscito a favor da saída do Reino Unido da União Europeia (UE)
revelou profundas divisões entre os britânicos. Revelou, por exemplo,
duas 'Inglaterras': Londres votou pela permanência, enquanto a maioria
das outras cidades votou pela saída. A diferença entre as gerações
também ficou clara. No grupo entre 18 e 24 anos, 64% disseram ter votado
pela permanência, escolha de apenas 33% dos britânicos entre 50 e 64
anos.
E O VOTO?
Você é a favor do voto?
Sim?
Eu também!
Mas, cuidado com ele.
Pode-se fazer grandes lambanças em seu nome.
É pré-requisito essencial para o voto, uma forte homogeneidade do grupo de pessoas opinantes, em relação ao objeto da eleição.
Em maior, ou menor grau, de acordo com a eleição, influem:
- Idade
- Sexo
- Idioma
- Escolaridade
- Nível econômico
- Local de residência
- Religião
- Afiliação político-partidária
- Afinidade com o tema do voto
- Campanha para a eleição
- Acontecimentos públicos
Perguntar, no meio da torcida do Flamengo, qual o melhor time de futebol do Brasil? É um uso ERRADO do voto.
Mas, perguntar a esta mesma torcida, qual a camisa mais bonita para o time, entre três modelos propostos? É um uso CORRETO do voto.
Em 22/12/2003 foi aprovada a Lei 10826, o Estatuto do Desarmamento, que previa:
"art. 35 - É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, ..."
E previa, também, que o povo opinaria, em referendo, sobre a aplicação, ou não, deste artigo.
Três meses antes, em setembro de 2003, o IBOPE havia feito uma PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE O ESTATUTO DO DESARMAMENTO.
80% dos perguntados disseram que votariam SIM, à proibição.
16% votariam NÃO, à proibição.
Aí os marqueteiros entraram em campo, nas televisões, rádios, jornais...
Em 23/10/2005 foi feito o referendo popular.
36% dos perguntados votaram SIM, à proibição.
64% votaram NÃO, à proibição.
Conclusão: os marqueteiros mudaram a opinião de 48% (= 64-16) dos votantes NÃO.
E isto é chamado de DEMOCRACIA.
Não aceite que esta palavra seja usada para fraudar decisões injustas.
Ainda sobre o voto.
Eu sou cristão católico, apostólico, romano.
Nem eu, nem o padre da minha paróquia, nem o nosso bispo, votamos para Papa.
E isto não me faz nenhuma falta.
Há quase 300 anos os nossos cardeais vêm fazendo um ótimo trabalho, em nosso nome.
O voto é uma forma de tomar decisão. A maioria simples produz uma falsa maioria. A maioria qualificada comum pode dar a vitória ao perdedor. Defendo a maioria qualificada impositiva.
Maioria simples se refere à situação onde uma opção recebe mais de 50% dos votos.
Exemplos: 2 em 2, 2 em 3, 3 em 4, 3 em 5, 4 em 6, ... 6 em 10, ... 25.001 em 50.000, ... 25.000.001 em 50.000.000.
Maioria qualificada se refere à situação onde uma opção recebe percentual qualificado, bem maior de 50% dos votos: 3/5 ou 60%, 2/3 ou 66%, 3/4 ou 75%.
Exemplos de 66%: 2 em 2, 2 em 3, 3 em 4, 4 em 5, 4 em 6, ... 7 em 10, ... 33.334 em 50.000, ... 33.333.334 em 50.000.000.
Por quê impositiva?
Uma vez iniciada a votação, não para até atingir.
Menos do percentual qualificado, NÃO decide.
Volta-se à negociação, durante um prazo, e faz-se nova votação.
Repete-se até a votação atingir o percentual qualificado impositivo.
Para um lado, ou para o outro.
SOBRE AS MAIORIAS
Maioria simples. Destrói o grupo. Produz uma falsa vitória. É promotora de divisão.
Exemplo: Últimas eleições presidenciais no Brasil. Plebiscito na Inglaterra sobre permanecer na União Europeia.
Maioria qualificada comum (não impositiva). Facilmente beneficia o perdedor, que pode vencer com minoria dos votos. Exemplo: vence com 35% no processo de impedimento de Presidente da República no Brasil.
Maioria qualificada impositiva. É o resultado de uma indiscutível maioria. Exemplo: o conclave, a assembleia dos cardeais eleitores, que elegeram o Papa Francisco, com o voto secreto para o povo, com um mínimo de 2/3 (66%) dos votos, obtidos em sucessivas votações, intercaladas por orações, negociações, e cuidados pessoais.
Comparativo visual
Uma votação precisa convencer as duas partes, nos sentimentos.
Os números convencem no racional, mas não convencem nos sentimentos.
52% é uma maioria irrelevante, pois 52% das pessoas é, visualmente, um grupo tão grande quanto 48%. As pessoas não sentem a diferença.
Bolas verdes e bolas azuis. Não pode contar. Qual das bolas tem a maioria?
| Conjunto 1. Qual tem a MAIORIA SIMPLES de 52? Não dá pra ver, né?  |
Conjunto 2. Qual tem a MAIORIA QUALITATIVA de 66? Agora dá pra ver!  |
13/03/2013 Maioria qualitativa impositiva: 100 x 0. Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é o novo Papa, Francisco. O conclave elegeu nesta quarta-feira (13) o cardeal Jorge Mario Bergoglio, argentino, como novo Papa, sucessor de Bento XVI à frente da Igreja Católica Apostólica Romana. Sem perdedores, todos os católicos estão vitoriosos e unidos.
29/10/2014 Maioria simples: 52 x 48. Brasil. A eleição presidencial em números. Brasileiros divididos entre Dilma (51,64%) e Aécio (48,36%). Não existe vitória num país desunido.
24/06/2016 Maioria simples: 52 x 48.
E O VOTO?
Você é a favor do voto?
Sim?
Eu também!
Mas, cuidado com ele.
Pode-se fazer grandes lambanças em seu nome.
É pré-requisito essencial para o voto, uma forte homogeneidade do grupo de pessoas opinantes, em relação ao objeto da eleição.
Em maior, ou menor grau, de acordo com a eleição, influem:
- Idade
- Sexo
- Idioma
- Escolaridade
- Nível econômico
- Local de residência
- Religião
- Afiliação político-partidária
- Afinidade com o tema do voto
- Campanha para a eleição
- Acontecimentos públicos
Perguntar, no meio da torcida do Flamengo, qual o melhor time de futebol do Brasil? É um uso ERRADO do voto.
Mas, perguntar a esta mesma torcida, qual a camisa mais bonita para o time, entre três modelos propostos? É um uso CORRETO do voto.
Em 22/12/2003 foi aprovada a Lei 10826, o Estatuto do Desarmamento, que previa:
"art. 35 - É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, ..."
E previa, também, que o povo opinaria, em referendo, sobre a aplicação, ou não, deste artigo.
Três meses antes, em setembro de 2003, o IBOPE havia feito uma PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE O ESTATUTO DO DESARMAMENTO.
80% dos perguntados disseram que votariam SIM, à proibição.
16% votariam NÃO, à proibição.
Aí os marqueteiros entraram em campo, nas televisões, rádios, jornais...
Em 23/10/2005 foi feito o referendo popular.
36% dos perguntados votaram SIM, à proibição.
64% votaram NÃO, à proibição.
Conclusão: os marqueteiros mudaram a opinião de 48% (= 64-16) dos votantes NÃO.
E isto é chamado de DEMOCRACIA.
Não aceite que esta palavra seja usada para fraudar decisões injustas.
Ainda sobre o voto.
Eu sou cristão católico, apostólico, romano.
Nem eu, nem o padre da minha paróquia, nem o nosso bispo, votamos para Papa.
E isto não me faz nenhuma falta.
Há quase 300 anos os nossos cardeais vêm fazendo um ótimo trabalho, em nosso nome.
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